Cenários de Financiamento na Geração Distribuída: A Dinâmica de mercado solar no pós-Covid

 

Mecanismos convencionais de financiamento ficaram escassos, mas há alternativas que incluem a oferta de garantias adicionais como veículos, imóveis e carteiras de investimento.

 

As incertezas que a Covid-19 traz ao mercado financeiro impactou fortemente o acesso ao financiamento para o Mercado de Geração Distribuída no Brasil. Este instrumento, que veio crescendo de maneira importante ao longo dos últimos anos, é uma alavanca fundamental para o desenvolvimento do setor. Neste momento é fundamental que o empreendedor entenda a dinâmica da concessão de crédito e esteja preparado para acessar as linhas mais viáveis, focando perfis de clientes com maior facilidade na aprovação do crédito.

 

No último episódio de GreenerTalks, Lincoln Romaro, CEO Sunnit, e Fabio Carrara, CEO da SOLFACIL, duas Fintechs que atuam no mercado de financiamento para GD, esclarecem pontos importantes sobre o atual cenário de crédito, bem como compartilham estratégias para aumentar a aprovação das linhas de financiamento juntos ao agentes financiadores.

 

Na opinião da SUNNIT, alguns perfis de consumidores terão maior facilidade na aprovação do crédito para sistemas fotovoltaicos. Isto se deve, principalmente, à menor volatilidade deste público frente às incertezas. Além disso, segundo Lincoln, a crise provocou um aumento das taxas de juros em todos os setores, devido ao risco de inadimplência e o risco referente ao tomador do crédito. “Num cenário de crise a história de quem tá tomando crédito fica incerta pra muita gente…”. De acordo com o especialista, durante esta pandemia o crédito ficou escasso e caro, mas já apresenta melhoras.

 

Na opinião de Fábio Carrara, o principal cenário para financiamento no setor de GD é um contínuo crescimento. O especialista sustenta que a grande maioria dos brasileiros deseja utilizar sistemas fotovoltaicos, porém uma pequena parcela tem recursos para adquiri-los sem financiamento. Além disso, enfatiza que a energia solar, além de barata, oferece retornos econômicos elevados ao usuário, com paybacks de 3 a 4 anos. Junto a isso, acredita também que, em épocas de crise, as pessoas buscam bons investimentos, como é o caso da energia solar, para fugir dos riscos do mercado. O CEO da Solfácil acredita que, no longo prazo, aproximadamente 80% das vendas de sistemas fotovoltaicos no Brasil serão financiadas. 

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