Maior liberdade de negociação e possibilidade de comercializar excedentes impulsionam geração renovável no ACL
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) segue em expansão no Setor Elétrico Brasileiro. Com a possibilidade de negociar o preço da energia elétrica livremente e reduzir os custos com esse insumo, modelos de negócio promissores surgem como opções que aliam melhores condições financeiras e auxiliam o processo de transição energética.
Em 2022, o mercado livre de energia observou um aumento de 17% no número de unidades consumidoras. O consumo nesse ambiente ultrapassou os 24 mil MWmed, representando 37% de toda a energia consumida no país. Além disso, 61% da geração de energia das fontes renováveis incentivadas atende o mercado livre. Especificamente acerca da solar fotovoltaica, 57% de sua geração centralizada é comercializada no ACL.
Poder negociar de forma bilateral o preço da energia elétrica e os prazos de contratação é a principal vantagem do ACL. Assim, o consumidor tem maior flexibilidade e previsibilidade de custos, além de não ficar sujeito às bandeiras tarifárias presentes no mercado cativo.
No ACL, dentre diferentes modelos de negócio, a autoprodução é um meio de se produzir a própria energia. O autoprodutor pode ser considerado um potencial gerador no mercado livre, tendo em vista que produz a energia para o consumo próprio e pode comercializar o excedente, caso haja. No Guia da Autoprodução Solar são abordados o funcionamento, quais os modelos de negócio, os benefícios e os pontos de atenção para quem deseja investir nesse formato de geração própria.
Apesar da queda dos preços da energia de curto prazo, o aumento das taxas de juros e a elevação do CAPEX nos empreendimentos terem impactado o volume de energia gerado pelas fonte solar fotovoltaica no ACL em 2022, a autoprodução vem impulsionando o número de PPAs assinados. O boletim InfoMercado da CCEE aponta que em janeiro de 2023 foram transacionados 2.915 MWmed como Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente de Contratação Livre (CCEAL) por autoprodutores, sendo este um valor 20% maior ao comercializado em janeiro de 2022, de 2.428 MWmed.
A evolução do número de PPAs nesse mercado, do volume de contratos da cadeia de fornecimento, o perfil dos consumidores, os instrumentos de financiamento e outros dados relevantes estarão presentes na nova edição do Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares. Faça o seu pré-cadastro abaixo e receba o estudo em primeira mão:
Em suma, a energia é um importante insumo de produção, principalmente no caso de grandes indústrias que, quanto mais eletrointensivas, mais se preocupam em reduzir os custos. Além de adquirir energia por meio do mercado livre com as vantagens de negociar preços, prazos, volumes e reajustes, uma forma de potencializar as vantagens é ampliar o domínio industrial ao produzir a própria energia.
Além de uma maior previsibilidade de preços, a autoprodução por meio de fontes renováveis, tal como a solar fotovoltaica, contribui para uma economia de baixo carbono e metas ESG. Com a evolução de novos regramentos no mercado solar, os empreendedores devem estar atentos às novas formas de investimento em seus portfólios, como o caso da autoprodução no mercado livre de energia. Essas e outras temáticas que guiarão o futuro do mercado de energia no Brasil serão discutidas no Greener Summit 2023. Acesse o link abaixo para mais informações: